Carolina Michaëlis de Vasconcelos, natural de Berlim, nasceu em 1851, exerceu profissões como escritora, investigadora e critiva literária, era muito inteligente e aplicada nos seus trabalhos, sendo a primeira mulher a ser admitida numa universidade portuguesa, em Coimbra.
Casou-se com Joaquim de Vasconcelos, vivendo com ele no Porto onde faleceu em 1925, ao casar-se tornou-se assim também portuguesa através do casamento e da devoção, o que a fez apaixonar-se pela cultura, língua e literatura portuguesa. Dirigiu, na sua fase inicial, a revista Lusitânia, de estudos portugueses, constituída por dez números publicados de Janeiro de 1924 a Outubro de 1927, em Lisboa, e escreveu artigos para jornais importantes na época, como O Comércio do Porto e o Primeiro de Janeiro. Há quem pense que como investigadora tinha-se dedicado apenas aos estudos, chegando a trabalhar dezoito horas por dia, mas conciliava bem a vida familiar com o estudo.
Recebeu vários prémios, entre eles, os títulos Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Friburgo (1893) e Hamburgo (1923), ambas alemãs, e pela Universidade de Coimbra (1916). Em 1901, foi-lhe entregue a medalha de Oficial da Ordem de Santiago da Espada pelo rei D. Carlos.
Apesar de existir resistência por parte de membros mais conservadores, Carolina Michaëlis foi uma das duas mulheres a ser admitida na Academia de Ciências de Lisboa, em 1912.